69% das empresas detetam problemas financeiros nos seus clientes
De acordo com o estudo realizado pela Crédito y Caución e Iberinform, 66% das empresas aceitam prazos de pagamento mais longos do que o desejado.
Segundo a vaga de outono do Estudo de Gestão do Risco de Crédito em Portugal, promovido pela Crédito y Caución e Iberinform, 66% das empresas veem-se forçadas a aceitar prazos de pagamento mais longos do que o desejado como forma de manterem a sua carteira de clientes. Os dois principais segmentos de empresas em que assenta a economia portuguesa têm um comportamento muito semelhante.
De acordo com o trabalho de campo, no qual participaram cerca de 300 gestores de empresas de diferentes dimensões e setores, 29% do tecido produtivo tem de aceitar prazos de pagamento mais longos do que o desejado pelas grandes empresas e 32% pelas PME. A capacidade dos trabalhadores independentes de impor prazos de pagamento afeta 22% das empresas.
Embora em menor medida, as administrações também fazem parte do problema da indesejada extensão dos prazos de pagamento: 18% das empresas que trabalham com o setor público têm de aceitar prazos mais longos do que o desejado. O pior desempenho, que afeta 11% das empresas, regista-se entre as administrações locais. Esta percentagem é reduzida para 6%, tanto com as administrações regionais como com as centrais.
Ao abordar as razões que explicam a morosidade nos negócios, a vaga de outono reflete uma elevada incidência de indisponibilidade de fundos por parte dos clientes. Os problemas financeiros são a razão mais citada (69% das empresas), à frente dos atrasos intencionais por parte dos clientes (51%), da complexidade dos procedimentos de pagamento (19%), da emissão de faturas incorretas (3%) ou de litígios sobre a qualidade dos bens e serviços prestados (2%).
Apenas 55% das empresas trabalham com prazos de pagamento inferiores aos 60 dias previstos no Decreto-Lei n.º 62/2013, que transpõe a Diretiva Europeia relativa a medidas de combate aos atrasos de pagamento nas transações comerciais. O valor representa, no entanto, uma melhoria de três pontos percentuais face aos valores de há um ano.
Sobre a Iberinform
A Iberinform ajuda a identificar oportunidades de negócio e a evitar possíveis riscos comerciais para as áreas de marketing, vendas, financeira e risco, com informação, análise avançada, algoritmos preditivos e integração de dados que facilitam a tomada de decisões. Transforma dados de negócios em informação e conhecimento por meio de ferramentas que facilitam processos e decisões de negócio. As suas principais fontes de informação são 500.000 entrevistas realizadas a empresas anualmente, o registo comercial, notariado e outras fontes públicas. É uma filial da Crédito y Caución, uma das principais operadoras globais de seguros de crédito com presença direta em mais de 50 países.
Sobre a Crédito y Caución
Crédito y Caución é uma das marcas líderes em seguro de crédito interno e de exportação em Portugal, com uma quota de mercado de 24%. A Crédito y Caución contribui para o crescimento das empresas, protegendo-as dos riscos de incumprimento associados a vendas a crédito de bens e serviços. A marca Crédito y Caución também está presente em Espanha e no Brasil. No resto do mundo opera como Atradius. Somos um operador global de seguro de crédito presente em mais de 50 países. A nossa actividade consolida-se no GCO.
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