31Mai2022

A Crédito y Caución não antecipa um retrocesso significativo na globalização

A pandemia de Covid-19 e a guerra entre a Rússia e a Ucrânia colocam desafios às cadeias de valor globais. 
 

A Crédito y Caución não antecipa um retrocesso significativo na globalização

A Crédito y Caución prevê que as cadeias de valor globais mantenham a sua estabilidade, apesar das fortes perturbações com que se veem afetadas desde 2020. Nas últimas três décadas, a China ganhou um peso crescente nas cadeias de valor globais. Em 2019, tinha substituído o Japão como eixo central dos fluxos comerciais na Ásia e os Estados Unidos como segundo maior elo da cadeia de valor global, atrás da Alemanha. Contudo, a pandemia de Covid-19 e a invasão russa da Ucrânia reabriram o debate sobre a sua vulnerabilidade e sobre uma possível reconfiguração. 

 

 

A pandemia de Covid-19 gerou fortes perturbações nas cadeias de valor globais que ainda persistem. O encerramento de fábricas na China teve um efeito imediato na produção mundial de bens manufaturados em janeiro e fevereiro de 2020. Quando a produção chinesa recuperou, o encerramento de fábricas na Europa e nos Estados Unidos provocou novas perturbações na produção mundial, que só começou a sua recuperação na segunda metade de 2020. Foi então que à crise inicial de oferta se sobrepôs uma crise de procura: o excesso de poupança das famílias e os estímulos fiscais desencadearam um maior comércio de mercadorias que perturbou a cadeia logística. Os custos de envio dispararam devido à má distribuição dos contentores de transporte, e vários portos tiveram problemas para processar as cargas dada a escassez de estivadores e de condutores de camiões. Já em 2022, a invasão da Ucrânia exacerbou as perturbações, elevando os preços das matérias-primas e distorcendo a cadeia de valor europeia, em especial no setor automóvel.

 

A Crédito y Caución antecipa uma resolução lenta e gradual de todas as perturbações logísticas. “Antevemos que os contentores não estarão alocados aos locais corretos até 2023, o que irá manter os custos de transporte elevados no curto prazo. Também é de esperar que a falta de semicondutores se mantenha em 2022. Os dados recentes sugerem que a escassez de chips atingiu o seu pico, já que os principais fabricantes da Ásia estão a aumentar a produção. O que também poderá ajudar é o facto de os consumidores estarem a rodar do consumo de bens para o consumo de serviços. No entanto, é provável que a escassez de semicondutores permaneça até 2023”, refere o relatório.

 

Apesar destas dificuldades, a seguradora de crédito não espera um retrocesso significativo na escalada da globalização. O relatório recorda que a pandemia de Covid-19 aconteceu num momento em que as principais forças motrizes da produção internacional estavam já num ponto de viragem no sentido de um maior protecionismo comercial que estabilizou a globalização. “A quota das exportações mundiais no PIB permaneceu mais ou menos constantes desde 2008”, refere. A sua previsão é que esta situação se mantenha. “Acreditamos que é mais provável que as empresas realizem pequenos ajustes nas suas estratégias de produção. Por exemplo, mantendo maiores inventários de bens críticos”, salienta o relatório. “É possível que se produza uma deslocalização limitada, uma vez que os custos laborais em alguns centros de produção, sobretudo na China, aumentam à medida que se ascende na cadeia de valor, o que teria acontecido independentemente dos atuais constrangimentos”.

 

A seguradora de crédito acredita que a guerra na Ucrânia vai acelerar o redireccionamento da Rússia para a China, Índia e Ásia Central, mas considera pouco provável que a China queira criar uma estrutura comercial regional que possa prejudicar a sua relação comercial com as economias avançadas: o comércio com os Estados Unidos e com os seus aliados na Europa e na Ásia continua a representar mais de 70% do comércio exterior da China, enquanto o comércio com a Rússia e a Índia representa apenas 4%.

 

Sobre a Crédito y Caución


Crédito y Caución é uma das marcas líderes em seguro de crédito interno e de exportação em Portugal, com uma quota de mercado de 22%. A Crédito y Caución contribui para o crescimento das empresas, protegendo-as dos riscos de incumprimento associados a vendas a crédito de bens e serviços. A marca Crédito y Caución também está presente em Espanha e no Brasil. No resto do mundo opera como Atradius. Somos um operador global de seguro de crédito presente em mais de 50 países. A nossa actividade consolida-se no Grupo Catalana Occidente.
 

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