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Risco de crédito elevado entre os retalhistas de bens de consumo duradouros
Trata-se de um setor exposto a riscos geopolíticos e económicos, como a guerra tarifária ou a evolução dos preços das matérias-primas
De acordo com o mais recente relatório divulgado pela Crédito y Caución, o risco de crédito entre os retalhistas de bens de consumo duradouros continua elevado, sendo os pequenos retalhistas os mais vulneráveis a incumprimentos e insolvências. Trata-se de um setor que opera num ambiente muito competitivo em que as margens se estreitam cada vez mais, pressionando o risco de crédito.
Além disso, está exposto a riscos geopolíticos e económicos, como a queda dos mercados bolsistas e a volatilidade dos preços das matérias-primas. Atualmente, as ameaças mais iminentes são o aumento das tarifas comerciais e as políticas protecionistas que podem elevar significativamente os custos de produção e, consequentemente, o preço dos produtos, reduzindo o consumo e os rendimentos das famílias. Note-se que a incerteza associada atrasa normalmente o investimento das empresas.
Outro risco que o setor enfrenta é a evolução da inflação, que determina a decisão dos bancos centrais de manter as taxas de juros atuais por mais tempo.
No caso da Europa, o risco de crédito é elevado ou muito elevado na Áustria, Bélgica, Dinamarca, França, Alemanha, Hungria, Itália, Países Baixos, Polónia, Portugal, Suécia, Suíça, Turquia e Reino Unido.
Em termos de previsões de crescimento, a nível global, a seguradora de crédito espera que as vendas de bens de consumo duradouros em mercados avançados recuperem. Especificamente, as previsões de crescimento das vendas são de 3,4% e a produção global de bens de 2,6%. Na região da Ásia-Pacífico, o crescimento deverá arrefecer em 2025, principalmente devido à menor procura na China. No entanto, a confiança dos consumidores na zona euro e nos Estados Unidos recuperou desde o final de 2023, apoiada por salários mais elevados, inflação mais baixa e maiores oportunidades de emprego.
Na União Europeia, estima-se um ligeiro crescimento de 0,9%, após dois anos de contrações, sobretudo em 2023 (-5,2%), devido a uma estabilização da inflação que tem impacto no poder de compra dos consumidores. Nesse sentido, os subsetores com melhor desempenho serão: eletrodomésticos (0,4%), eletrónicos de consumo (0,3%) e mobiliário (0,2%).
Atualmente, o setor enfrenta uma série de riscos, como o aumento da quota de mercado dos operadores de comércio online, pressionando os tradicionais. De acordo com as estimativas contidas no relatório, os bens de consumo vendidos online já representam 22% das vendas.
Para serem competitivos, os retalhistas tradicionais têm de se adaptar à procura dos consumidores de hoje, cada vez mais digitais, o que exige esforços de investimento significativos na transformação digital. Desta forma, o lucro do mercado de retalho está a torna-se mais restrito e competitivo, enquanto os custos de logística, mão de obra e energia aumentam.
Por outro lado, as vendas de produtos ecológicos reciclados e recondicionados representam uma oportunidade de negócio crescente para os retalhistas do setor. As tecnologias de realidade virtual e realidade aumentada, capazes de criar experiências de compra imersivas, juntamente com chatbots para o comércio conversacional em larga escala serão um meio estratégico de aquisição de clientes.
Sobre a Crédito y Caución
Crédito y Caución é uma das marcas líderes em seguro de crédito interno e de exportação em Portugal, com uma quota de mercado de 23%. A Crédito y Caución contribui para o crescimento das empresas, protegendo-as dos riscos de incumprimento associados a vendas a crédito de bens e serviços. A marca Crédito y Caución também está presente em Espanha e no Brasil. No resto do mundo opera como Atradius. Somos um operador global de seguro de crédito presente em mais de 50 países. A nossa actividade consolida-se no GCO.
