10Oct2022

A Crédito y Caución prevê crescimento dos incumprimentos no Brasil

O Brasil enfrenta a segunda volta eleitoral com a economia pressionada pela elevada inflação, pelo desajuste da política fiscal, pela previsível queda do crescimento e deterioração do sentimento dos investidores.
 

A Crédito y Caución prevê crescimento dos incumprimentos no Brasil

 

A Crédito y Caución prevê a persistência de uma forte polarização social no Brasil, seja qual for o resultado da segunda volta das eleições presidenciais. De acordo com o mais recente relatório da seguradora de crédito, a atual incerteza institucional no país poderia pesar negativamente no sentimento dos investidores. A economia brasileira regressou aos níveis pré-pandemia no primeiro trimestre de 2021 e no segundo trimestre de 2022 o crescimento do PIB (3,2%) e do consumo (5%) superou todas as previsões. No entanto, o aumento da inflação provocou uma agressiva subida das taxas de juro que alcançaram os 13,75% em agosto. Embora a inflação pareça ter atingido o seu pico, a Crédito y Caución acredita que as descidas nas taxas de juro não aconteçam antes do segundo semestre de 2023, dado que a incerteza permanece muito elevada.

 

 

A seguradora de crédito estima que o crescimento do PIB em 2022 alcance os 2,6%, apoiado pelos gastos pré-eleitorais e pelos estímulos fiscais temporários, mas acredita que a expansão económica irá desacelerar até 0,5% em 2023 em resultado das tensas condições de crédito, da redução da procura externa e de uma maior incerteza política. Prevê-se que o consumo privado, que representa cerca de 60% do PIB, aumente apenas 0,4% no próximo ano. Os investimentos fixos pararam, na medida em que as margens das empresas sofreram um ajustamento decorrente dos elevados preços da energia e de outros insumos. Devido à subida das taxas de juro e ao abrandamento da economia, a Crédito y Caución prevê que os incumprimentos das empresas brasileiras aumentem no quarto trimestre de 2022 e no próximo ano. 

 

O considerável défice fiscal do Brasil, que já era a principal fragilidade económica do país antes da pandemia, ampliar-se-á ainda mais em 2022 e 2023. A evolução fiscal foi positiva em 2021. O aumento das receitas, a retirada da maioria dos estímulos fiscais associados ao Covid e a contenção salarial reduziram drasticamente o défice público para 4,4% do PIB face aos quase 12% de 2020. No entanto, a Crédito y Caución prevê que o défice volte a aumentar em 2022 (6,2%) e em 2023 (8,3%), já que 40% da dívida pública está vinculada à taxa de juro de referência. Neste contexto, a dívida pública subirá até aos 87% do PIB em 2023. Seja qual for o vencedor das eleições presidenciais ver-se-á confrontado com o desafio de reconstruir a credibilidade fiscal do país para reforçar o sentimento das empresas e dos investidores.

 

O Brasil é vulnerável às mudanças no sentimento dos investidores devido ao nível relativamente elevado dos fluxos de investimentos de carteira de não residentes. Contudo, a solidez do setor financeiro, as consideráveis reservas do estado, as necessidades de refinanciamento externo relativamente baixas e o uso de coberturas de risco cambial permitem que a taxa de câmbio flexível atue como amortizador.

 

Sobre a Crédito y Caución


Crédito y Caución é uma das marcas líderes em seguro de crédito interno e de exportação em Portugal, com uma quota de mercado de 22%. A Crédito y Caución contribui para o crescimento das empresas, protegendo-as dos riscos de incumprimento associados a vendas a crédito de bens e serviços. A marca Crédito y Caución também está presente em Espanha e no Brasil. No resto do mundo opera como Atradius. Somos um operador global de seguro de crédito presente em mais de 50 países. A nossa actividade consolida-se no Grupo Catalana Occidente.
 

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