13Mar2023

A procura de petróleo alcançará o seu máximo histórico em 2024

A Crédito y Caución previne da grande volatilidade dos preços a curto prazo, em função da evolução da guerra na Ucrânia e da recuperação chinesa.
 

A procura de petróleo alcançará o seu máximo histórico em 2024

A Crédito y Caución prevê que a procura mundial de petróleo alcance o seu máximo histórico em meados da década de 2020. As políticas de transição energética já anunciadas na Europa e na América do Norte, as incertezas quanto ao fornecimento e os riscos geopolíticos associados à Rússia combinaram-se para acelerar a descida do consumo mundial de petróleo. Neste contexto, a seguradora de crédito prevê que o preço do petróleo caia para 64 dólares em 2030 e para 60 em 2050. A curto prazo, no entanto, esta tendência geral de queda está sujeita a uma grande volatilidade decorrente dos desenvolvimentos da guerra na Ucrânia e da recuperação da China. 

 

 

No cenário de referência da seguradora de crédito a longo prazo, que assume que se produzirá um cumprimento dos diversos compromissos energéticos já anunciados pelos diferentes países e governos, a procura de petróleo alcançará o seu máximo histórico de 98,1 milhões de barris diários em 2024. A partir desse ponto prevê-se que diminua de forma constante, o que fará baixar os preços quase 20% em 2050 face aos preços atuais. No cenário alternativo, de uma atuação mais decisiva quanto às emissões net zero em 2050, a queda dos preços alcançará os 60%. 

 

A redução da procura global de petróleo estará impulsionada pela eletrificação do parque automóvel, do transporte de mercadorias por via terrestre e dos edifícios nas economias avançadas. Embora a procura de petróleo nos países emergentes e nas economias em desenvolvimento também deva diminuir, será uma redução em menor escala na medida em que a transição para fontes de energia mais eficientes será compensada por um desenvolvimento económico e demográfico acelerado.

 

O investimento mundial no setor do petróleo tem sido fraco desde o colapso dos preços em 2014 e do Acordo do Clima de Paris em 2015, o que aumentou a preocupação que o fornecimento de petróleo não consiga acompanhar o ritmo da procura para garantir uma transição energética sem problemas. São necessários investimentos próximos dos 378.000 milhões de dólares/ano até 2030 e de 227.000 milhões/ano até 2050, tanto nas novas jazidas como nos depósitos de petróleo já existentes para compensar a descida da produção das fontes atuais. O setor do xisto norte-americano não revela o dinamismo que tinha há uma década, mas continuará a ser um produtor fundamental para satisfazer a procura até 2030. A partir da próxima década, a OPEP aumentará a sua quota às custas dos Estados Unidos. 

 

A maior incerteza a curto prazo para o fornecimento de petróleo é a forma como irão reagir os produtores russos face às sanções. Até agora, o setor revelou-se relativamente resistente, na medida em que os altos preços mundiais têm permitido que a produção se mantenha acima dos preços de equilíbrio e o comércio desviou-se, em grande medida, para as economias de mercado emergentes da Ásia. Dadas as perspetivas de aumento da procura, especialmente na China, e o objetivo de teto de preços para garantir a estabilidade dos preços mundiais, espera-se que o petróleo russo continue a bombear, mas com grandes riscos de queda.

 

Sobre a Crédito y Caución


Crédito y Caución é uma das marcas líderes em seguro de crédito interno e de exportação em Portugal, com uma quota de mercado de 22%. A Crédito y Caución contribui para o crescimento das empresas, protegendo-as dos riscos de incumprimento associados a vendas a crédito de bens e serviços. A marca Crédito y Caución também está presente em Espanha e no Brasil. No resto do mundo opera como Atradius. Somos um operador global de seguro de crédito presente em mais de 50 países. A nossa actividade consolida-se no Grupo Catalana Occidente.
 

Notícias de Análise CyC

EMILIO ANTONIO CARRIZOSA

Agência exclusiva n.º 8142

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