Insolvências em julho aumentam mais de 26% face ao mês homólogo de 2023
Insolvências com aumento superior a 26% em julho por comparação com o mesmo período do ano passado, enquanto as constituições caem mais de 21%.
As insolvências em 2024 apresentam já um aumento superior a 16% face a 2023, com um total de 2.410 insolvências registadas nos primeiros sete meses deste ano. O mês de julho terminou com um total de 309 insolvências, valor que traduz um incremento superior a 26% em relação ao mês homólogo de 2023.
Por tipologia de ações regista-se um aumento de mais de 53% nas declarações de insolvência requeridas por terceiros, enquanto os pedidos de insolvência apresentados pelas próprias empresas subiram 71% no comparativo com 2023. Os encerramentos com plano de insolvência também aumentaram 50% face a 2023 e as declarações de insolvência (encerramento de processos) ascenderam a um total de 1.303 declarações, menos 84 do que em 2023.
Lisboa e Porto são consistentemente os distritos com o maior número de insolvências: 545 e 594, respetivamente. Face a 2023, verifica-se um aumento ligeiramente acima dos 10% no distrito de Lisboa e de cerca de 35% no Porto.
Com aumentos no número de insolvências nos sete primeiros meses deste ano destacam-se, ainda, os seguintes distritos: Guarda (+267%); Ponta Delgada (+78%); Castelo Branco (+74%); Santarém (+66%); Portalegre (+46%); Beja (+44%); Bragança (+40%); Braga (+39%); Évora (+33%); Vila Real (+27%); Viseu (+19%) e Aveiro (+2%).
Apenas oito distritos apresentam descidas nas insolvências: Horta (-50%); Madeira (-30%); Leiria (-24%); Angra do Heroísmo (-22%); Coimbra (-11%); Setúbal (-8%); Viana do Castelo (-3%) e Faro (-3%).
No que se refere a setores, há incrementos nas insolvências em todas as atividades há exceção da Agricultura, Caça e Pesca, com um decréscimo de 3% face a 2023. Os aumentos mais significativos registam-se nos seguintes setores: Eletricidade, Gás, Água (+100%); Indústria Transformadora (+39%); Hotelaria e Restauração (+19%); Outros Serviços (+18%); Comércio de Veículos (+12%); Transportes (+11%); Comércio a Retalho (+6%); Comércio por Grosso (+3%) e Construção e Obras Públicas (+2%).
Constituições decrescem 21% em julho de 2024
Em julho, as constituições decresceram de 4.101 empresas em 2023 para 3.260 em 2024, menos 841 empresas em termos homólogos (-21%). No global do ano, a variação é negativa em menos 3%, com um total de 30.884 novas empresas constituídas nos primeiros sete meses deste ano.
O maior número de constituições pertence ao distrito de Lisboa, com um total de 9.695 novas empresas criadas em 2024 (-10% face a 2023), seguido pelo distrito do Porto com 5.244 empresas (-2,5%). Com variação negativa destacam-se, ainda, os distritos de: Portalegre (-12%); Beja (-11%); Vila Real (-8%); Santarém (+6%); Setúbal (-5%); Coimbra (-5,5%); Faro (-1%) e Leiria (-0,3%).
Os distritos que apresentam acréscimos na constituição de novas empresas até final de julho de 2024 são: Horta (+74%); Angra do Heroísmo (+38%); Guarda (+19%); Viana do Castelo (+13%); Castelo Branco (+13%); Ponta Delgada (+12%); Bragança (+11%); Madeira (+10%); Aveiro (+9,5%); Évora (5%); Braga (+3%) e Viseu (0,2%).
Os setores de atividade que apresentam uma variação positiva na constituição de novas empresas até final de julho são: Telecomunicações (+60%); Indústria Extrativa (+56%); Construção e Obras Públicas (+7%); Comércio a Retalho (+1%); Comércio de Veículos (+2%) e Outros Serviços (+0,4%).
Os setores com variação negativa no período são: Transportes (-26%); Eletricidade, Gás, Água (-20%); Comércio por Grosso (-11%); Hotelaria e Restauração (-5,5%); Agricultura, Caça e Pesca (-5%) e Indústria Transformadora (-0,4%).
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